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As crianças e sua imaginação transformadora

Assim como os artistas, as crianças têm uma facilidade incrível de entrar no universo do faz de conta e da fantasia. Em questão de segundos, uma garrafa de plástico pode virar um foguete e uma atividade no bosque pode se transformar em uma incrível aventura na floresta.

Cenário ideal para explorar o mundo e fazer novas descobertas, a escola desempenha um papel fundamental nesse contexto, uma vez que promove atividades que estimulam ainda mais a criatividade dos alunos. Esse estímulo acontece em todas as aulas, mas fica mais evidente durante as de Arte.

“O processo de evolução artística das crianças começa no Maternal I e II, com a exploração de diferentes riscantes – como lápis, giz de cera, giz de lousa, entre outros materiais – e suportes. As atividades também não se restringem à sala de aula ou ao ateliê, podendo acontecer no bosque, pátio ou parque”, explica a professora Fabiana Araujo.

Nessa etapa, os pequenos passam por vivências de observação e aprendem cores, formas e traçados. Para que eles ampliem seu repertório artístico e refinem seu olhar estético, a professora Thais Canechia destaca que toda exploração começa com o corpo: “eles andam descalços sobre o plástico bolha, misturam areia com tinta usando as mãos, correm em uma trilha de papel craft carimbando os pés com tinta colorida”.

No Pré I e II, o fazer artístico continua, mas com a introdução de técnicas que ampliam as experiências artísticas das crianças, estreitando suas relações sociais. De acordo com a professora Katia Pelinson, os alunos passam a contar com os colegas para aprimorar seu traçado no desenho e conseguem trazer mais riqueza de detalhes ao desenhar a figura humana.

“Em uma das atividades, por exemplo, dois alunos ficam de frente um para outro, separados por uma placa de acetato ou acrílico. Observando o perfil do amigo ‘modelo’, a criança desenha o colega na superfície. Depois, toda a turma aprecia os desenhos produzidos, apontando semelhanças e diferenças e valorizando o respeito pela produção própria e alheia”, explica a professora Rubiana Sousa.

Os alunos da Educação Infantil também estudam alguns artistas, como Beatriz Milhazes e Paulo Werneck. Além de conhecer a sua história, técnica e conceito, eles fazem releituras de suas obras e aprendem, a partir das suas percepções e sensibilidades, a identificar esses artistas.

“O fazer artístico tem de permitir a criação a partir dos encantamentos dispostos na arte, assim como seus princípios. A Arte é um conhecimento de dentro para fora, e não ao contrário. Por isso é importante plantar em nossos pequenos a sementinha do interesse artístico, para que eles transmitam em seus trabalhos suas emoções e sua imaginação transformadora”, conclui a professora Arlei Gonçalves.

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